segunda-feira, 9 de agosto de 2010

EU TE AMO, PAI!!!


Um jovem, quando adolescente, brigava muito com seu pai.
O tempo passou. Ele agora, já adulto, morava longe do pai, estudava medicina, se sustentava e havia dispensado a mesada que recebia de seu pai.
Mas algo o incomodava: o fato de ter sido ingrato com o pai, que teve sempre muita paciência com ele.
Por isso, decidiu que iria visitar o pai e abrir seu coração. Diria ao pai o quanto o amava.
O jovem, então, foi visitar o pai.
Durante o almoço, o jovem tentou por diversas vezes, falar do afeto que tinha pelo pai. Mas não conseguiu. A voz não saía. Ele tentou mais uma vez:
- Pai ...
O pai, pergunta:
- O que é filho?
E o jovem, disfarça:
- Me dá o sal, por favor?
Faz uma pausa e pede:
- Pai, me passa a salada?
Mais uma vez o jovem não conseguiu abrir seu coração para o pai.
Depois do almoço, se deitou na rede que tinha na varanda e começou a pensar: “Eu sou um covarde, não consegui falar para o meu pai o quanto eu gosto dele... Mas não saio daqui hoje sem dizer isso a ele!”
Um hora depois, foi procurar o pai, que estava alimentando as galinhas. Se aproximou e disse:
- Pai ...
O pai, continuando a fazer seu trabalho, perguntou:
- O que é filho?
O jovem, mais uma vez não conseguiu tocar no assunto que queria, e disfarçou ...
- Me empresta esse martelo?
O pai deu o martelo para o filho, que ficou calado.
Minutos depois, foram fazer um lanche. O rapaz não conseguia se abrir e pensava: “Nossa! como é difícil falar de amor para uma das pessoas que eu mais amo!”
O pai terminou seu lanche e avisou que iria até a cidade fazer umas compras.
Com medo de perder mais uma oportunidade, o jovem correu até o carro, olhou bem nos olhos dele e falou:
- PAI, EU AMO VOCÊ!
Nesse momento, o rapaz começou a chorar. Era muita emoção. Dizer aquelas palavras depois de tantos anos, foi difícil, mas ele finalmente havia conseguido.
O pai continuou olhando para o jovem, calado, mas pensativo.
Então, disse:
- Filho, se está precisando que eu volte a te dar dinheiro, tudo bem, não tem problema, a gente se aperta e acaba dando um jeito.
O jovem ficou atônito. Com raiva, concluiu que o pai não compreendia o amor que ele sentia, e que só pensava em dinheiro.
O tempo passou. E o jovem voltou a visitar o pai.
Fizeram tudo igual: almoçaram, deram comida para as galinhas, e no final da tarde lancharam.
Logo após o lanche, o pai disse que iria até a cidade.
Os dois se despediram e pegaram seus carros.
Quando o jovem acelerou, ouviu a buzina da caminhonete do pai, que estava atrás.
O rapaz parou, saiu de seu carro e foi ver o que era.
O pai abriu o vidro e disse:
- Sabe, filho, o que você disse naquele dia foi a coisa mais importante da minha vida.
Disse isso e foi embora, deixando o jovem ali, pensativo.
Foi então, que o jovem percebeu o quanto foi difícil também para seu pai abrir o coração e aceitar a declaração de amor que ele havia feito.
O jovem se lembrou que o pai havia ficado órfão aos 7 anos de idade, que teve de trabalhar desde cedo para sobreviver e, com certeza, aprendeu a esconder a sensibilidade para não sofrer.
A partir daquele dia, abrir o coração deixou de ser proibido entre pai e filho.


O QUE APRENDEMOS:
Dizer eu te amo, às vezes pode dar trabalho, mas o resultado dessa declaração, é maravilhoso !!!

André Lyra

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