quarta-feira, 11 de agosto de 2010

À ESPERA DOS PAIS


Amados,Certa mulher rica e elegante preenchia seu tempo em festas, chás beneficentes ou compras em shoppings com as amigas também milionárias como ela. Sua preocupaçõe eram apenas usufruir cada vez mais do que o dinheiro podia dar de melhor.
Um dia, os jornais publicaram o falecimento de uma famosa tia sua, e, conforme as regras sociais, os parentes deveriam ficar em casa por uma semana. Portanto, nada de festas, chás ou compras em shoppings.
Mesmo indignada com aquela regra, ela sabia que tinha que ficar em sua casa, uma linda mansão.
No dia seguinte, logo que encontrou o marido, falou de sua indignação em não poder sequer ir ao shopping, e ele a aconselhou aproveitar aqueles sete dias para brincar com o filho, de 12 anos.
O menino era tratado como um príncipe, passava os dias rodeado por empregados que atendiam aos seus pedidos e desejos, e aprendia suas lições com vários professores.
Mas naquele dia, logo que o filho viu a mãe, parou sua aula de piano e foi correndo abraçá-la. Todo feliz, perguntou:
- Mamãe, que surpresa, você em casa à essa hora... hoje você não vai ao shopping, nem tomar chá com suas amigas?
E, ela, aborrecida respondeu:
- Não, meu filho, vou ficar em casa esta semana. Minha tia morreu e não fica bem eu sair por ai.
O menino, que nem conhecia a tal tia, perguntou:
- É mesmo, mamãe? ...mamãe, quantas tias a senhora ainda tem?
Enquanto a mãe pensava naquela pergunta, o menino voltou para o piano e começou a tocar uma música.
Ela começou a prestar atenção na música que o filho tocava e cantava. Era uma música francesa que ele tinha acabado de aprender. Impressionada, pediu ao filho que também traduzisse a letra daquela música tão bonita.
ele começou a contar:
- A música conta a história de um menino, filho de um pescador, que todos os dias ia com a mãe até a praia. Ele e a mãe ficavam olhando o pai desaparecer na linha do horizonte, num barco pesqueiro. Todos os dias a cena se repetia. Até que um dia, o barco não voltou. A mãe pediu ao filho que esperasse ali na praia, pois iria buscar o marido. Mas a mãe do menino também não voltou.
O garoto voltou a cantar a música, mas a mãe, ainda muito emocionada, pediu para ele parar.
O menino, então, disse:
- Sabe, mamãe, eu gosto muito dessa música porque me identifico com o menino da praia.
Ela não entendeu as palavras do filho e disse:
- Que absurdo, meu filho ... você tem tudo. Nunca te faltou nada. Você tem pai, tem mãe que vivem com você ... e você é herdeiro de uma das famílias mais ricas deste país!
E, ele, com lágrimas nos olhos falou:
- É verdade, mamãe, mas meu pai entrou há muitos anos no mar dos negócios e nunca mais o vi. A senhora foi atrás dele e eu fiquei aqui esperando vocês voltarem. Mas isso nunca aconteceu. Por isso, como a senhora pode ver, a minha história é igual a do menino da praia.
Naquele momento, a mãe percebeu o grande erro que ela e o marido cometiam com o próprio filho.
Desde aquele dia, ela e o marido passaram a conviver mais com o filho, descobriram muito dele e aprenderam a amá-lo ainda mais.
O carinho e a atenção, deram àquela criança, a certeza do amor de seus pais.
Tempos depois, durante uma viagem de navio, o filho, muito doente, morreu. Mas deixou algo precioso para os pais: Os ensinou novos e importantes valores.
E por isso, seus pais passaram a se dedicar a obras de assistência a famílias carentes.

O QUE APRENDEMOS:
Temos nossas obrigações fora e dentro de casa, mas não devemos abandonar aqueles que amamos.
Não adianta herdar fortunas e não ter ninguém ao nosso lado para desfrutar de tudo.
Aproveite cada minuto com as pessoas que você ama e diga sempre como elas são importantes para a sua vida!

André Lyra

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