segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A ÁRVORE QUE CHORAVA


Certa vez, quando um dos anjos de Deus saía para iniciar mais um dia de ajuda aos filhos de Deus, escutou um choro sentido vindo de um campo.

Pensou tratar-se de algum ser humano, mas, ficou surpreso ao ver que quem chorava era uma árvore.
- Por que choras, dona árvore? perguntou-lhe o anjo.

- Choro porque mais um dia vai começar, e o meu sofrimento também.

- E o que a faz sofrer, minha amiga? Será, porventura, o calor do sol?

- Não, "seu" anjo, o sol me faz bem. O que me faz sofrer são as pessoas. Tanto as grandes quanto as pequenas. Elas jogam pedras em mim o dia inteiro. Não consigo entender, "seu" anjo. Eu faço de tudo para agradá-las, mas, elas continuam me maltratando. A árvore aí ao lado, ó, não produz nada, e ninguém maltrata ela. Mas, eu, que me esforço tanto para produzir frutos deliciosos, só levo cacetada. Por que será que elas não gostam de mim?

- Ah... então é isso. Você está enganada, dona árvore. As crianças gostam demais de você e dos seus frutos, por isso elas jogam pedras em você: é para pegar seus frutos.

- Será, "seu" anjo?

- Tenho certeza, minha amiga. Preste bem atenção, pois esta frase não é minha. É deles, dos próprios seres humanos, e é tão antiga quanto a própria humanidade. Sabe o que eles dizem sobre isso? Eles dizem o seguinte:

Ninguém joga pedra
em árvore que não dá fruto.

Alegre-se minha amiga, se estão jogando pedra em você, é porque você está produzindo alguma coisa boa.


Melhor é sofrerdes fazendo o bem, se a vontade
de Deus assim o quer, do que fazendo o mal.
I Pedro 3.17

André Lyra

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