quinta-feira, 3 de junho de 2010

PARA REFLETIRMOS

Quando uma velha senhora morreu na seção para o tratamento de doenças da velhice em uma pequena clínica perto de Dundee, na Escócia, todos estavam convencidos de que ela não havia deixado nada de valor.
Então, quando as enfermeiras verificaram seus poucos pertences, eles encontraram um poema. Sua qualidade e conteúdo impressionaram todas as pessoas, e todas as enfermeiras queriam uma cópia da mesma.
Uma delas levou uma cópia para a Irlanda.
A única herança que a velha deixou a seus sucessores foi publicado na edição de Natal da notícia da União para a Saúde Mental na Irlanda do Norte.
Este poema, simples mas eloqüente, também foi apresentado com slides.
Então, esta velha senhora da Escócia, sem posses materiais para deixar ao mundo, é a autora deste poema "anônimo" que circula na Internet.

A Velha Rabugenta

Que vêem amigas?
Que vêem ?
Que pensam quando me olham?
Uma velha rabugenta não muito inteligente
de hábitos incertos, com seus olhos sonhadores
fixos ao longe?
A velha que cospe comida que não responde
ao tentar ser convencida...
“De, fazer um pequeno esforço?"

A velha, que vocês acreditam que não se dá conta
das coisas que vocês fazem e que continuamente
perde a sua escova ou o sapato ?
A velha, que contra sua vontade,
mas humildemente lhes permite a fazer o que queiram,
que me banhem e me alimentem só para o dia passar mais depressa....

É isso que vocês acham?
É isso que vocês vêem?
Se assim for, abram os olhos, amigas,
Porque isso que vocês vêem não sou eu!
Vou lhes dizer quem sou, quando estou sentada aqui, tão tranquila
como me ordenaram...

Sou uma menina de 10 anos, que tem pai e mãe,
irmãos e irmãs que se amam.

Sou uma jovenzinha de 16 anos. Com asas nos pés, e que sonha encontrar seu amado.
Sou uma noiva aos 20,
Que o coração salta nas lembranças,
Quando fiz a promessa
Que me uniu até o fim de meus dias
com o AMOR de minha vida.

Sou ainda uma moça com 25 anos,
Que tem seus filhos,
Que precisam que eu os guie...
Tenho um lugar seguro e feliz !

Sou a mulher com 30 anos.
Onde os filhos crescem rápido,
E estamos unidos com laços que deveriam durar para sempre...

Quando tenho 40 anos
Meus filhos já cresceram
E não estão em casa...
Mas ao meu lado está meu marido
Que me acalente quando estou triste.

Aos cinquenta, mais uma vez
comigo deixam os bebês, meus netos,
e de novo tenho a alegria das crianças,
meus entes queridos junto a mim

Aos 60 anos,
sobre mim nuvens escuras aparecem,
meu marido está morto;
e quando olho meu futuro me arrepio toda de terror.
Os meus filhos se foram,
e agora tem os seus próprios filhos...
Então penso
em tudo o que aconteceu e no amor que conheci.

Agora sou uma velha.
Que cruel é a natureza....
A velhice é uma piada
Que transforma um ser humano
Em um alienado.
O corpo murcha
Os atrativos e a força desaparecem
Ali, onde uma vez teve um coração
Agora há uma pedra.
No entanto, nestas ruínas, a menina de 16 anos ainda está viva.
E o meu coração cansado,
ainda está repleto de sentimentos
Vivos e conhecidos
Recordo os dias felizes e tristes
Em meus pensamentos volto a amar e a viver o meu passado.
Penso em todos esses anos
Que foram, ao mesmo tempo poucos
Mas que passaram muito rápido,
E aceito o inevitável..

Que nada pode durar para sempre...
por isso, abram seus olhos e vejam
Diante de vocês não está uma velha mal-humorada
Diante de vocês estou apenas “EU...”

Uma menina, mulher e senhora
Viva...!! E com todos os sentimentos de uma vida...
Lembrem deste poema da próxima vez
que se encontrar com uma pessoa idosa mal-humorada
e não a rejeitem,
Sem olhar primero a sua Alma Jovem…
Você…. vai estar algum dia em seu lugar…


PENSE NISSO!
André Lyra

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