terça-feira, 9 de novembro de 2010

PRESTE ATENÇÃO


Um estudo britânico, publicado esta semana na revista científica Lancet, concluiu que o álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack. Por favor, não entendam que a heroína ou crack sejam inofensivos. São apenas menos prejudiciais do que o álcool. Falando apenas sobre o álcool: ele mata ou debilita em uma idade relativamente baixa. Existem mais de 60 doenças relacionadas à bebida. Câncer (de boca, esôfago, estômago, fígado) e cirrose (entre outros males do fígado) são duas das mais conhecidas. A bebida pode provocar também alterações no sangue, doenças do pulmão e lesões cerebrais e doenças do coração. Além disso, relaciona-se ao álcool transtornos mentais e problemas muitas vezes consequentes da bebedeira, como violência, acidentes de trânsito e até suicídios. 76,3 milhões de pessoas no mundo têm algum tipo de desordem causada pelo consumo de álcool diagnosticadas, de acordo com a OMS. Só para ter uma ideia: no Brasil, no período de 2000 a 2006, 92.946 mortes tiveram como causa doenças relacionadas exclusivamente ao álcool, sem incluir aí as mortes por homicídios, suicídios e acidentes em que alguém envolvido estava alcoolizado. Este número é muito superior às mortes causadas pelo consumo de todas as outras drogas juntas. Como diz o meu amigo um certo colega de profissão, isto posto vamos ao ponto: até hoje eu não consegui entender o critério porque certas são proibidas e outras permitidas. Alguém saberia explicar?


André Lyra

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