domingo, 10 de junho de 2012

Sobre a Solidão


A maioria de nós tem sentimentos
dolorosos de solidão e, todos os seus esforços dirigidos para
evitar a solidão falharam e falharão, porque são
contrários aos fundamentos da vida. A solidão não
é uma coisa que te acontece, meu querido (a) ouvinte: é um
fato da vida.  É assim que as coisas são.  Vivemos
como sonhamos – sozinhos.
 Existem duas maneiras diferentes de
estar sozinho: a primeira é a solidão.  A segunda
é a solitude. A pessoa solitária é um mendigo, seu
coração é uma tigela de pedinte, porque sente a falta
do outro.  E quem é o outro?  É qualquer pessoa que
o ajude a se esquecer de si mesmo, que o livra de sua própria
consciência.  A gente foge da solidão quando tem medo dos
próprios pensamentos. É não ter a si mesmo como
amigo.
 É um estado negativo, é
um buraco emocional doloroso que precisa ser preenchido.  E esta dor o
leva a uma busca frenética para preencher este vazio.
 Nesta busca você se associa ou
passa a pertencer e freqüentar diversos grupos, tentando esquecer que,
de alguma maneira você está só.  Para isso, as
companhias não funcionam, pois você nasceu só,
morrerá só e, não importa o que faça, vive
só. 
 Quando você aceitar isso, a sua
qualidade de estar só mudará.  Não mais
sentirá a solidão e passará a desfrutar a
solitude.  Solitude não tem o sentido de um vazio que deve ser
preenchido.  Solitude significa simplesmente ser completo.
Você é inteiro; não é uma
fração.  Não é preciso ninguém mais
para completá-lo.


André Lyra

Nenhum comentário:

Postar um comentário