domingo, 10 de junho de 2012

RÓTULOS SÃO PARA LATAS, NÃO PARA PESSOAS


A educação equivocada em nossa
sociedade é uma herança que é transmitida de
geração para geração.  Por exemplo:
ensinamos aos nossos filhos atitudes rígidas ao invés de
incentivar-lhes mais flexibilidade mental.  E o que seria essa
flexibilidade?

Nós dividimos as pessoas e as coisas em
categorias opostas e excludentes, ou seja, se é isso, então
não pode ser nada daquilo.   Ou é tudo ou é
nada.  Ou me ama ou me odeia.  Ou é amigo ou
inimigo.  Não ensine a criança a dividir tudo em
compartimentos rígidos e estanques.  Não ensine que uma
coisa é boa e outra é ruim, pois na vida tudo muda, tudo
é fluido, flexível.  O que é bom neste momento
pode ser ruim no seguinte e o que é ruim agora poderá ser
avaliado como bom no futuro.  As avaliações dependem das
circunstâncias, que também mudam o tempo todo.

Por
isso, seria melhor ensinar a si mesmo e a criança  a ser mais
perceptiva, a descobrir o que melhor dentro das circunstâncias.
Para o bem da criança e o seu próprio, não rotule
nada!  Não diga que os negros são ruins e os brancos
são bons, ou vice-versa.  Lembre-se que bom e ruim não
são conceitos fixos.  Não tenha opiniões
rígidas.  Ensine a criança a descobrir o que é
bom e ruim de acordo com o momento.  Eu sei que isso é
difícil, pois exige o árduo trabalho de pensar; é mais
fácil rotular.  Você vive rotulando as coisas e dividindo
tudo em categorias.  Você divide as pessoas em categorias:
aquelas que pensam como você estão certas, as que pensam de
forma diferente, estão erradas.  Sua religião é
verdadeira, a dos outros, falsa, e assim em diante.

Lembre-se,
meu querido (a) internauta:  rótulos são muito bons para
latas, para embalagens, para recipientes em laboratórios.  Para
as pessoas não.  Quando você rotula alguém,
você nega a humanidade dela, congela-a num momento de sua vida. A
vida não é estática como uma foto – a vida
é dinâmica como um filme.


André Lyra

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