Anita era recepcionista de um posto de assistência médica, num bairro pobre. Todos os dias, centenas de pessoas passavam por ali e ela, muito atenciosa, tentava ajudar, na medida do possível. André, um oficce-boy, estava sendo atendido naquela manhã, quando Anita o orientou: - Está tudo em ordem. Falta apenas o selo para a autenticação. O jovem perguntou onde poderia encontrar o selo e Anita, rapidamente respondeu: - No cartório, a algumas quadras daqui. O office-boy ficou pensativo e falou: - Puxa vida! Logo hoje, que estou sem moto! Tô atrasado para fazer outro serviço e ainda tenho que chegar na empresa o mais rápido possível. Anita, prontamente deu a solução: - Bem, eu tenho alguns selos aqui. Posso vender para você. O rapaz fez a compra e saiu todo feliz. Nisso, um senhor de meia idade, se aproxima nervoso, reclamando das deficiências do serviço. Ao invés de se irritar, ela disse paciente: - O senhor tem toda a razão. Por favor, perdoe-nos. Tentaremos resolver o seu problema o mais rápido possível. Em que posso ajudar? Disse isso e fez algumas anotações. à esta altura, aquele senhor, tinha se arrependido do que falou e se desculpou: - Senhorita, me desculpe, fui agressivo. É que estou uma pilha de nervos, passando por muitos problemas em família... Anita o atendeu com bastante atenção e ele foi embora mais calmo. A próxima a ser atendida era uma vovó, muito humilde, que pediu: - Minha filha, estou doente do coração. Parece que é grave. O médico me passou uns remédios que preciso começar a tomar o mais depressa possível. Mas eu não posso comprar. Será que posso pegar esses remédios aqui? Anita, muito tranqüila, respondeu: - Bem, vó, não temos esse tipo de atendimento. Mas, por favor, espere um pouco. Vou saber se tem como ajudar a senhora. Anita rapidamente ligou para uma farmácia, se informou dos preços dos remédios e pediu que entregassem lá no posto. Ela mesma pagaria pelos remédios daquela humilde senhora. O próximo da fila era um homem que estava observando a forma como Anita atendia a todos. Sorrindo, ele falou: - Moça, estou impressionado! Você resolveu , sem dificuldade, três casos; poupando tempo a um office-boy, acalmando um homem irritado e ajudando aquela vovó humilde e sofredora. De onde vem essa dedicação, essa paciência? Qual o segredo, minha jovem? Anita sorriu e, humildemente respondeu: - Não existe segredo algum. É apenas uma questão de matemática. O homem não entendeu e Anita explicou: - Sim, matemática, onde aprendemos que, menos um somado a mais um, é igual a zero. Valores positivos anulam os negativos. O office-boy sem tempo, o homem nervoso e a vovó sem dinheiro para comprar os remédios, tinham problemas, que são os valores negativos. Conservar alguns selos para emergências, usar serenidade e se dispor a uma “vaquinha” entre os colegas para a compra de remédios, são valores positivos que anulam os negativos, favorecendo as pessoas...essa é a matemática do amor! O homem queria saber mais e perguntou: - Mas você acha que compensa? Ninguém se interessa pelo próximo e também existe tanta gente ingrata! E, Anita o surpreende com a seguinte resposta: - Engano seu. Muitos gostariam de ajudar, apenas não têm iniciativa. São tímidos. Se a gente der o exemplo a eles, nos acompanharão. Quanto ao reconhecimento de quem recebe ajuda, não significa nada diante da satisfação que sentimos quando podemos ser útil a alguém. Quando nos empenhamos nesse propósito, é como se provássemos de um milagroso elixir de alegria e bem-estar, que nos mantém felizes e equilibrados. O homem escutava com atenção o que a recepcionista dizia e, então, Anita perguntou para ele: - ...por falar nisso, em que posso servi-lo?
O QUE APRENDEMOS:
Gentileza gera gentileza. Se você quer ser bem tratado, trate bem as pessoas. Ajude, colabore, dê atenção... Não custa nada, mas faz muito bem para a nossa vida!!!
André Lyra